O Ministério da Agricultura de Israel estima que existam cerca de 1 milhão de gatos vagando pelos espaços públicos do país, o que representa um risco para os humanos, os gatos e o meio ambiente.
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A situação é tão tensa, que cada lado chama os animais em questão por um nome diferente. De um lado, esses felinos domésticos sem dono são chamados de “gatos da comunidade”, do outro, são considerados “gatos selvagens”.
Este problema é agora mais urgente do que nunca. O governo destinou o equivalente a cerca de US$ 3,7 milhões (aproximadamente R$ 20 milhões) em outubro do ano passado para lidar com a questão dos gatos soltos.
Além disso, eles estabeleceram um comitê sob os auspícios do Ministério da Agricultura para formular recomendações que levarão, pela primeira vez, à criação de um política relativa à questão dos gatos. Este painel, naturalmente, tem delegados de todas as partes em conflito.
“Estimamos, por exemplo, que seu número na cidade de Rishon Letzion, no centro de Israel, está em cerca de 25 a 30 mil”, disse o veterinário municipal Yehonatan Even Zor. “E é suficiente para 1% ficar doente ou ferido durante o ano para entender o tipo de números com os quais estamos lidando.”
Segundo os dados da Divisão de Bem-Estar Animal do Ministério da Agricultura, cerca de 75% a 90% dos gatos de rua não sobrevivem ao primeiro ano, enquanto a expectativa de vida de um gato de rua adulto é de menos de cinco anos. Já os gatos domésticos vivem em média de 10 a 15 anos.
Mas não se trata apenas de números. Apesar de o serviço veterinário lidar com muitas questões não relacionadas aos gatos, é inundado por inúmeras solicitações e relatos que os envolvem. “Lidar com gatos constitui cerca de 2 a 5 por cento do que fazemos em um determinado ano, mas também é 90 por cento do incômodo”, explicou o veterinário,
Segundo ele, as pessoas que alimentam os gatos soltos chamam o município sem parar. “Eles querem que atuemos aqui e agora. São pessoas que verificam a condição de um gato a cada dois minutos e geralmente garantem que ele não seja sacrificado, embora às vezes não haja outra escolha.”